Cabeça vazia, morada do diabo Um instante, um vacilo Não queria ter errado Ali eu jazia, da vida fui levado Um soldado de milícia agora sepultado
Do alto do Olimpo A meia noite pressenti Deus do vinho, Dionisio Desse sangue me servi E uma gota caiu Junto ao cálice, diante de mim Como um abismo escuro e interminável Que agora chega ao fim
Pro mar de Posseidon Me deixei levar Decepções e remorsos que me levaram a afundar Sob meus olhos distantes Sempre haverá muito sangue Uma mancha de um passado Eu levarei a diante
Obrigado pelas mentiras E por tudo que eu sei Por virar e ir embora quando eu mais precisei Pela ultima gota de sangue Que um dia eu derramei Pelos erros que cometi E nem eu mesmo perdoei
Fui com Hades ao inferno Conheci a escuridão Nem as muralhas de Tróia Me inspiraram pra triste canção Como a estaca de oliveira No olho do grande ciclope Em plena noite imortal Acertei-me com um golpe
Aqui jaz um titã Guerreiro sagrado dos Deuses Homem desmedido Com a justiça nas mãos Deu fim a própria vida Suas dores cessarão |